26 de abril de 2010

Um mundo meu


Quando abri os olhos, vi uma imensidão de cores... azul claro, amarelo, branco e lilás se difundiam em praticamente uma só, dançando entre si bem diante dos meus olhos. Um cheiro insistente e suave pairava ao redor de minhas narinas, um odor nostálgico que trazia à memoria as melhores épocas da vida. O clima era algo como meio termo; uma brisa leve tocava cada poro do meu corpo e um calor suave parecido com fim de tarde de verão me envolvia. A sensação era de alívio, de dever cumprido, de descanso verdadeiro e duradouro. Minha respiração seguia lenta e um tanto quanto descompassada. Meus movimentos eram vagarosos, como se estivessem sendo calculados na hora de acontecer. Tentei dar um passo mas meus pés contrariaram meus comandos. Era como se flutuasse, sem direção certa e sem saber pelo que ou quem era guiada. Me sentia sozinha.
Minha mente viajava para um destino totalmente desconhecido, não usava freios e eu me sentia como se fosse capaz de tudo. Como se nada pudesse me parar. Como se nem o céu fosse limite.
E se eu piscasse os olhos, percebia com clareza novamente todos os detalhes; a sensação era constante e parecia ser interminável. Era eu, comigo mesma vivendo no meu próprio mundo.